domingo, 17 de julho de 2011

TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS E ENSINO DE ARTES

Em nossa história há uma sucessão de diversos modos de conceber o processo de ensino-aprendizagem em arte. O ensino de arte está relacionado com os diferentes modos de conceber processos educacionais, de maneira geral. E também se relaciona com os próprios modos de conceber arte e processos de criação artística.

Escola tradicional

Durante muitos anos, o ensino de Arte se resumiu a tarefas pouco criativas e marcadamente repetitivas. Desvalorizadas na grade curricular, as aulas dificilmente tinham continuidade ao longo do ano letivo. As atividades iam desde ligar pontos até copiar formas geométricas. A criança não era considerada uma produtora e, por isso, cabia ao professor dirigir seu trabalho e demonstrar o que deveria ser feito, afirma Rosa Iavelberg, diretora do Centro Universitário Maria Antonia, em São Paulo, e co-autora dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) sobre a disciplina.

Escola nova

"Por educação nova entendemos a corrente que trata de mudar o rumo da educação tradicional, intelectualista e livresca, dando-lhe sentido vivo e ativo. Por isso se deu também a esse movimento o nome de: Escola Ativa" (LUZURIAGA, 1980, p. 227).

Escola tecnicista

O tecnicismo seguia uma linha de ensino que privilegiava excessivamente a tecnologia educacional e transformava professores e alunos em meros executores e receptores de projetos elaborados de forma autoritária e sem qualquer vínculo com o contexto social a que se destinavam.

Escola libertária

É na vivência grupal, na forma de autogestão, que os alunos buscarão encontrar as bases satisfatórias de sua própria instituição, graças a sua própria iniciativa e sem qualquer forma de poder. Ex. Escola da Ponte - Portugal.

Escola Libertadora

É eminentemente crítica e questiona tudo aquilo que envolve as relações do homem, atuando de forma a promover a transformação social. A aprendizagem se dá a partir da situação problema que gera a motivação, em uma prática pedagógica problematizadora que visa promover uma educação libertadora.

Escola crítico-social dos conteúdos

A Pedagogia Crítico-Social dos Conteúdos assegura a função social e política da escola através do trabalho com conhecimentos sistematizados, a fim de colocar as classes populares em condições de uma efetiva participação na sociedade. Surge como uma reação de alguns educadores que não aceitam a pouca relevância que a Pedagogia Libertadora dá ao aprendizado do chamado "saber elaborado" historicamente acumulado, e que constitui o acervo cultural da humanidade.

Escola construtivista

Para a escola construtivista, a idéia é que nada, a rigor, está pronto, acabado, e de que, especificamente, o conhecimento não é dado, em nenhuma instância, como algo terminado. Ele se constitui pela interação do indivíduo com o meio físico e social, com o simbolismo humano, com o mundo das relações sociais; e se constitui por força de sua ação e não por qualquer dotação prévia, na bagagem hereditária ou no meio, de tal modo que podemos afirmar que antes da ação não há psiquismo nem consciência e, muito menos, pensamento.

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